As folhas de outono
cismaram em colar no meu rosto,
O inverno me fez olhar a Lua
como nunca
havia
feito antes.
As flores do mato
do Atlântico Sul
que não aparecem apenas na primavera
pedem
que me deite.
Enquanto o inverno despede-se
fecho o livro
para não guardá-lo na estante.
As folhas que secaram meu rosto agora
seguem
adiante.
A ventania descobriu meu corpo
com as mesmas flores que
esperam pelo verão o ano todo
por puro
deleite.
Tudo se modifica depois do corte,
a corte,
o coito,
a ceifa
e a muda.
Depois da Lua de ontem.
Por Maira Garcia
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