segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Confesso, eu gosto do gosto das suas palavras.

Olha, desculpe as minhas palavras,
mas eu gosto muito das suas.
Se fosse mais fácil e pudesse,
eu as levaria comigo.
Seríamos amantes nas palavras e comeríamos
sopas de letrinhas para o resto da vida!
Mas eu amo as minhas e respeito as suas,
e as que vivem nas bibliotecas de todo mundo!

Peço para que todas que trazem felicidade no dicionário,
as orações feitas de toda linguística usadas
aqui no Céu e na Terra e aí ao seu lado
possam enviá-las para suas estimadas,
cuja raiz você gosta de usar e temperar seus textos,
e que todos seus leitores continuem a degustar da mais
refinada interpretação.

Desejo felicidade assim (gesticulando as mãos até alcançar o Sol)
para todos que forem de suas letras!
Aonde estiver, em cada verso e do avesso.

Eu sei que não é o que parece.
Você não me conhece e eu não te conheço.
As palavras que você muito bem sabe,
são a forma mais segura de se expressar apreço.

Mas eu gosto muito das suas,
mesmo que não as tenha, quando as deleta
ou te dão um branco.

Você não pode me ver agora fazendo sala.
para suas belas palavras.
Elas estão aqui, antes que as minhas e as suas
resolvam ir embora,
e eu gostar de outras e
você encontrar as suas
que eu sei, são muitas por aí!

Você não me conhece eu não te conheço,
eu intuo, eu me acho e também me perco um pouco,
das minhas e das suas.

Só que eu preciso falar!
Eu preciso confessar, mesmo que não me conheça.
E é engraçado que eu confie em você
mesmo assim e em seu texto.

Eu confesso a quem lê,
que não sou fiel a você
nem em trocadilhos,
em miúdos,
da maneira que você quiser imaginar
com suas palavras danadas.

Me perdoe, isto acontece quando estou lendo,
comendo com os olhos, antes de dormir um pouco
com as escritas e rimadas nas palavras do escritor
Mia Couto.

                                         Maira Garcia
                               

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