segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

Um baile de chuva

Já tomei banho de chuva na praia
com raios que partem,
morrendo de medo.
Na fazenda, na ribanceira, no ABC,
em Ipanema, e em segredo.
O de ontem, com a calça boca-de-sino e sapatilha de plástico,
foi na Paulista, você me viu,
foi o viver,
de se ver,
foi de se sorrir,
foi fantástico,
nem sofri com o frio.
Queria te xingar,
ia ser tão prático,
mas na passarela, atravessando a calçada,
como que não quer nada,
você veio de vento,
mais a água até a metade das pernas,
que ainda secava,
totalmente desarmados,
sem guardas e chuvas,
sem coturnos,
a gente sorriu.

Maira Garcia

Nenhum comentário:

Postar um comentário