quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Poetas não são santos

Poetas não são santos. Eu conheço uns que torcem para o Santos e estamos longe de ser. Sei que existem, eu conheci uma religiosa, consagrada por sua genialidade, simplicidade e humildade, e se disser o nome dela, pecaria contra a poetisa, pois pelo pouco que sei, não admitiria tal elogio, e assim guardo seu nome pra mim. Mas como disse, santos são poucos. Somos bem humanos, somos falíveis, danados até. Temos algo de muito perigoso dentro de nós, que para alguns causa prazer, outros dor, e outros poder, que é a capacidade de estar, e sentir como se fôssemos o outro. Estou agora a procurar poetas marginais de verdade. Penso em procura-los nos becos, nas prisões, nas casas das moças, preciso perceber todas as nuances para deixar de ter certeza que somos os escolhidos por algum dom ou marca especial de nascença. Já conheci poetas feiticeiros, de magia obscura e de cura, poetas videntes, mensageiros, grandes, pequenos e anões. Aceito indicações, mas poupem-me agora dos que já se foram, quero me arrepiar por hora com os que respiram.

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