sábado, 31 de janeiro de 2015

Ela sentou-se à mesa de um deus. Viu a paisagem da sala, a varanda, as crianças correndo, sorrindo, quebrando as coisas no caminho, mas o aroma que saia de sua boca, mudaram o presságio do destino. Ela sentiu o cheiro de quem se despede a cada gole de bebida. A beleza morrendo em gotas de veneno. Pedia ao coração que freasse o que viesse pela frente, pois sabia no perfume que vinha, que se arrebentaria bem antes de começar. Um bebedor que ainda não sofre as sequelas da falta de unguento. A conversa acabou no jantar, disse que não iria ficar. Como amar quem já está morrendo? Ela era vidente.

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