domingo, 26 de julho de 2015

amora

Comia amoras
sonhando com o que viria,
e as frutinhas manchavam as mãos sorrindo.
Na adolescência, 
a árvore em que elas moravam
sumiu do jardim,
e quem namorava, procurava
por elas nos jardins fora de casa.
Na idade chamada adulta,
foi achando graça nos versos ouvidos
feitos de amora,
amora como brincos.
Amoras que mancham
por amores que desmancham,
os que ainda procuram pelo pé
que os faça sonhar
com o que ainda não se vivera,
ou viverá
por amor,
ou por amora.

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