domingo, 13 de setembro de 2015

Na padaria o pingado dorme no balcão pelando. 
A boca sorve, não queima por sorte.
O quadril equilibra num banco giratório, 
bandeja de pernas, troncos e cabeças que pedem cerveja. 
Quem pede café quer perder o sono, quem pede brevidades, 
come o abandono. 
Gostoso mesmo é quem perde conversa pra ganhar a tarde. 
Nem come o tira gosto, encosta no ombro, ajeita o tronco,
 pra segurar a mão inteira.

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