Na padaria o pingado dorme no balcão pelando.
A boca sorve, não queima por sorte.
O quadril equilibra num banco giratório,
bandeja de pernas, troncos e cabeças que pedem cerveja.
Quem pede café quer perder o sono, quem pede brevidades,
come o abandono.
Gostoso mesmo é quem perde conversa pra ganhar a tarde.
Nem come o tira gosto, encosta no ombro, ajeita o tronco,
pra segurar a mão inteira.
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