terça-feira, 22 de setembro de 2015

Rosa que ganhei 
depois ouvir um poema, 
murcho de viver
o que valeu a pena.
Por ter sido entregue
por uma pessoa poema,
que não sabe que é poesia.

O nome dela é Gilza.

A Gilza declamou Plutão, do Olavo Bilac,
antes que pegássemos o último ônibus
da sexta-feira. Nos conhecemos por levar
muito feliz quatro rosas murchas, aqui
está a minha.
Ela levou pra casa a sua trindade
de felicidade. Coisa de contar
que não se acredita, nessa vida
tão criativa. Mas tem que contar
que é poeta. E eu sou exibida de contar,
e faço isso contente. Quem disser
que não é poeta, mente.

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