terça-feira, 28 de junho de 2016

Eu queria que meus poemas fossem gatos. Que seus pelos aquecessem os verbos, lambessem as palavras, arranhassem o idioma, miassem agudamente no cio. Queria que meus poemas fossem curtidos como os gatos, invejo os gatos, que todos, quase todos amam. Queria que meus poemas encostassem nas pernas do leitor e subissem até o colo e fizessem dormir com afagos. Queria que meus poemas fossem gatos.

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