segunda-feira, 3 de outubro de 2016

ninguém fere
sem ferir
a própria
pele.

Confere

Ferir é matar aos poucos.

Matar parece mudar o gosto
da própria água

que se toma,
é o que nos conta
 quem mata
e se aprisiona
pra contar
o arrependimento
em gota.

Conta que sente o gosto da
pele na água
na baba.

Deus ressentido dele mesmo dentro.

Ferir resseca,
quase mata,
pra quê ferir,
pra quê matar?

Ainda é tempo
de guardar a água.

Nenhum comentário:

Postar um comentário