ninguém fere
sem ferir
a própria
pele.
Confere
Ferir é matar aos poucos.
Matar parece mudar o gosto
da própria água
que se toma,
é o que nos conta
quem mata
e se aprisiona
pra contar
o arrependimento
em gota.
Conta que sente o gosto da
pele na água
na baba.
Deus ressentido dele mesmo dentro.
Ferir resseca,
quase mata,
pra quê ferir,
pra quê matar?
Ainda é tempo
de guardar a água.
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