domingo, 22 de janeiro de 2017

Escrever deveria ser
jogar farol no que se lê,
abrir um pergaminho nas páginas,
ajudar a enxergar quem não pode 
ter livre o livre arbítrio dos livros.
Escrever poderia ser
receita de dar bolo na tristeza.
Escrever poderia não ferir,
escrever sem derrubar aviões,
empurrar barquinhos de papel no balde,
desmanchando embarcações no céu,
salva-pipas das linhas de alta tensão no chão.
Um dia, e muitas noites,
a gente volta segurando a bola,
a gente solta o coração
e aprende a ler a mão do irmão.

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