domingo, 7 de junho de 2015

Dois anos sem pegar uma gripe, tudo indica que alegria terminou hoje.
Gripe pega com beijo, espirro, aperto de mão. Tem álcool gel para aliviar mas não dá pra escapar de um espirro. Não conheço ninguém mais social que uma gripe. Está em todo lugar esperando que uma imunidade baixa lhe dê guarida. E a febre que vem, o calafrio, a dor de garganta, músculo dolorido como se tivesse ido na academia, o nariz entupido, mil lençinhos de papel, e para os ecologicamente sustentáveis, os de tecido. Você não foi na academia, mas o vírus foi e malhou no seu corpo até você se entregar a um banho quente pelando, um chá de limão com alho, pra tentar fugir de um vampiro. Depois que ela chega, o corpo fica lembrando onde você pode ter pego. Ou foi aquele beijo gostoso que você deu no seu nego, ou o aperto de mão que distraído você levou no rosto, ou o espirro do passageiro que estava em pé na sua frente. Pode ter sido o encontro com três amigos gripados durante a semana. Você que não tomou vacina, tem a sina de sentir-se culpado de não ter tido a ideia de tomar. Agora é tarde demais, ela está em seu corpo e vai obrigar você a pensar melhor na sua vida, o que tem feito da sua imunidade, perambulando pela cidade, e que sem ela você estava feliz demais e não se dava conta do motivo.

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