quarta-feira, 30 de junho de 2021

 Vai sendo.

Assim vai
você com você
que ambos
se encontram
e perdem
o medo
de ser.

postado em 30 de junho de 2018
A música sem a letra
conversa com o peito,
é mãe a ninar
sentimentos.

30 de junho de 2019, postado no meu facebook

    um dia depois que tomei a primeira dose da vacina

contra o covid senti sintomas de gripe,
mas foi
a melhor 'gripe'
que tive na vida
e durou apenas um dia.
o calafrio me arrepiava
com as respostas do meu corpo.
a dor de cabeça e dor no braço,
não mais me importava.
(Mais uma dose
é claro que eu tô a fim!)

*última frase usei o refrão de "Por que a gente é assim?"
Composição: Cazuza / Roberto Frejat / Ezequiel Neves.

Curtir
Comentar
Compartilhar

terça-feira, 29 de junho de 2021

O amor passa,

aí a gente dá uma volta,
pra ver se o amor volta.
E se não volta,
o amor passa.

29 de junho de 2018 postado no meu facebook

domingo, 27 de junho de 2021

Eu não quero estragar

a festa, pois já corri à beça,
por causa de um gol.

postado em 27 de junho de 2018, no meu facebook

Corre na bola,

a bola corre,
corre na bola,
a bola escapa,
corre na bola
o chute,
chute na bola
a bola alcança,
corre na bola,
a bola passa,
se ajeita
e entra.

postado em 27 de junho de 2018, no facebook

sábado, 26 de junho de 2021

Sempre vejo os mesmos

pássaros por aí,
sabiás, bem-te-vis,

pardais,
andorinhas,
pixoxós,
garças,
urubus.

Não conheço muito além disso.
Mas se namorasse
um ornitólogo,
um pássaro
que conhece
todos os pássaros,
me apresentaria para todos!
Veria mais pássaros por aí,
teria mais poemas
que voam como ele.

 Aproveito o desencanto

para o poema,
que a poesia tem pressa.

quinta-feira, 24 de junho de 2021

Sem ouvir a voz

que se assemelha
à Yves Montand,
quando não canta francês.
Foi ouvindo Bella Ciao
que esqueci o burguês.

 Na quero mais balão,

só quero fogueira e sanfona
pra dançar o São João.

24 de junho de 2018, postado no meu facebook


 O que o ladrão leva?

Se for a ilusão,
agradeça.

24 de junho de 2019, postado no meu facebook

quarta-feira, 23 de junho de 2021

Ontem,

não conta,
que já foi.
Amanhã
torna a vida ansiosa.
Importante
é viver
agora.

23 de junho de 2020, primeiro postado no meu Facebook

A gente deixa

de gostar
e é assim como deixar
de gostar de uma comida.
Que perde o gosto,
a pedida.

23 de junho de 2020, postado no meu Facebook

Gosto quando

as histórias
terminam.
Eu que não
esperava
um fim agora
quero o fim
das histórias.
Porque só assim
as histórias
novas começam.

21 de junho de 20120, postado no Facebook

segunda-feira, 21 de junho de 2021

E o vapor das bocas,

e não sobrou
muita conversa.
O que corre fora,
o que corre dentro,
eu não verso.
O vapor que só
se enxerga
no inverno.

20 de junho de 2018, postado no Facebook

o tempo e a saudade
colocam tudo no lugar.

21 de junho de 2019

Não me despeço

mais de quem vai.
Tenho educação,
mas tenho medo.
E morro de vontade
que tudo isso
passe.

21 de junho de 2020, postado no Facebook

domingo, 20 de junho de 2021

Se despede

de quem ama
e nas palavras
todas as impossibilidades.

Fomos poupados

da noite
e de toda saudade.
Estamos naquela parte
que o que era pra acontecer
ficou em ad libitum,
porque quem escrevia
quis assim.
E assim ficamos
nas ruas
que eram nossas
até o fim dos dias.
Porque era essa
a nossa sina.
(3 de janeiro de 2019, postado no Facebook)

O Sol que nasce prata,

cresce ouro,
dorme bronze.

Desculpe a mania,

declamar na hora
de calar,
falando em demasia.
Desculpe a mania.
Que a boca não sabe
fazer outra coisa.
É uma timidez
disfarçada
diante da vontade
de beijar.
Seria mais fácil calar,
e fazer com você poesia.

20 de junho de 2018 no Facebook

O sentimento

tem um segredo,
tem vez que o que
é feio fica bonito,
e o que é bonito fica feio.

20 de junho de 2018, no Facebook

Estava sem paciência,

me falaram pra pegar
um grão de feijão
molhar o algodão
e deixar dormir.
Depois de um tempo
a pele do grão ficou
enrrugada.
Mais um tempo,
o grão pegou segurança
e se abriu como uma flor
pra sair um caule
com folhas tímidas.
Mas esqueci de colocar água
e o pé-de-feijão
morreu de abandono.
Tornei a pegar outro
e outro,
e outro.
Aprendi com o tempo,
a deixar o pé crescer.
Esqueci por que
comecei a fazer isso.
Paciência.

20 de junho de 2019, no Facebook

sábado, 19 de junho de 2021

    Dói mais quando vem

de um coração
que se quer bem.
Quisera fosse um inimigo,
assim faria mais sentido
um desdém.
(19 de junho de 2018 no facebook)
Curtir
Comentar

E se de repente você aparecesse

e eu não soubesse o que falar,
Num mundo onde todos
tem algo a dizer.
Que você goste do silêncio.
(19 de junho de 2018)

quarta-feira, 16 de junho de 2021

Certa vez me demorei

olhando suas mãos
que tão pouco toco,
a não ser pelo cumprimento.
Imaginei que soubesse tocar piano:
porque seus dedos se delongam
entre o tempos,
o cigarro fica perpendicular
no vento,
mas depois lembrei que não fuma,
que sou eu a pensar em droga nenhuma
porque não tenho suas mãos.

A gente não se vê mas assiste o mesmo céu.

segunda-feira, 14 de junho de 2021

Existe um gostar

que não mais existe,
insiste.
Sobrevive nos livros,
nas canções,
nos museus
e filmes,
nos bancos das
praças,
que ninguém
passa.
Um gostar cheio
de traças.

Postado em 14 de junho de 2018, no Facebook