quarta-feira, 27 de junho de 2018

Escrevo poesia,
todo dia,
como se a palavra 
soubesse a que se destina.
Juntas brincamos de palavras cruzadas,
forca, e stop.
Às vezes sai coisa séria
que vale a pena.
Gosto de brincar com elas
que se exibem para serem lidas.
Escrevo poesia todo dia
como quem se exercita numa academia de letras,
mesmo que nunca me sente lá.
Escrevo palavras sentidas
por você que lê, quem de fato viabiliza a lira.
É engraçado
deixar de gostar.
O muito sai de dentro,
e não sobra nada pra situação.
O outro não
acha engraçado,
não.
Conversa de amigo,
o ouvido deita no colo.

terça-feira, 19 de junho de 2018


Lá vai um homem que carrega
um enorme bouquet de rosas.
Ele se esconde atrás dele.
Um pedaço dos olhos, uma ponta de sorriso.
É tão  grande ,
que arrasta no chão varrendo a calçada.
As mãos firmes, suadas que seguram,
abrem o caminho mas são as rosas
que pedem licença.
Ele foi atrás dela.
Um homem pequeno
diante do amor de uma mulher.

(Em 19 de abril de 2018)