com você,
meu tédio
Tem remédio.
Poesia, textos e todas expressões que surgirem para partilhar, sempre depois que a Lua me tocar.
quinta-feira, 30 de março de 2017
segunda-feira, 27 de março de 2017
sábado, 25 de março de 2017
quarta-feira, 22 de março de 2017
Perdeu!
"Oi, Renata, tudo bem?"
"Quem é?"
"Olha, não é trote, eu levei sua mochila pois eu precisava, sabe? Mas estamos com um probleminha."
"Como conseguiu meu telefone, desgraçado?"
"Vamos manter o nível, que o assunto é do seu interesse. Seu telefone estava atrás do bilhete de loteria. Você foi premiada, eu preciso devolver pra você, que está escrito aqui que é intransferível, entende?"
"Como eu vou saber que isso não é um pretexto para um sequestro?"
"Anota os números, 09, 17, 32, 38 e 45. Confere aí nas suas coisas, eu te ligo daqui uns cinco minutos."
"Fechou."
Passado os cinco minutos.
"Renata, o que você vai fazer com 600 mil?"
"Cada pergunta... Não sei. Preciso pegar com você o bilhete primeiro, né?"
"A gente faz assim, eu vou deixar suas coisas com o bilhete num saquinho de supermercado amarrado num portão, no endereço que eu vou te passar depois." Ligou pra Renata, ele passou o endereço, ela pegou o bilhete. Renata rica, mas o ladrão pobre foi preso roubando outra mochila em seguida. Ficou dois anos preso. Quando saiu da prisão lembrou do que aconteceu e ligou pra Renata que ofereceu emprego de motoboy entregador de pizza, da pizzaria que ela comprou. O boy cansou da correria, aceitou, depois de alguns anos virou gerente.
segunda-feira, 20 de março de 2017
São as pessoas que me trazem o poema do dia, chegam frescas, ventiladas como a brisa perfumada da primeira hora da feira. Param na minha frente, mudam de cor, falam do amor e da dor. Sempre me perguntam, você está com alguém aí? Eu não minto, pois podem ser vistas dentro dos meus olhos, então digo que sim, pois sou apaixonada por elas, das tantas vezes que as escrevo aqui e ali.
sexta-feira, 17 de março de 2017
segunda-feira, 13 de março de 2017
domingo, 12 de março de 2017
Achei um livro carcomido,
Alguma Poesia, do Carlos Drummond
de Andrade,
em estado terminal
no balcão da estação de trem.
Sujeira de toda ordem,
rasgos, mas consegui ver João,
que agora amava Maria,
me acenando.
Tentei salvá-los.
Dei conta do quão triste fica um livro que vai ao lixo.
Queria ter a certeza que virá a ser outro,
mas o poeta, em rompante de existencialismo diria,
aqui é onde tudo vivifica.
O livro vai, mas a poesia fica.
quinta-feira, 9 de março de 2017
segunda-feira, 6 de março de 2017
domingo, 5 de março de 2017
Fui para a República agora de noite, segui contra o fluxo dos blocos e fui parar no Municipal. Pessoas aguardavam o intervalo das apresentações sinfônicas, foi aí que conhecemos, na hora da chuva, dois senhores na casa dos 80 anos. Um era editor chamado Álvaro e outro ator, o Aldo. Deu tempo de falar de política, discutir feito gente grande, com todo respeito. Deu tempo de recitar poema e ver o Shopping Light trocando as cores das luzes, os meninos de maiô, as meninas de biquíni, as poças dágua manchadas de purpurina, o carrinho de cerveja. Deu tempo de ver o bloco passar antes de terminar o intervalo.
sexta-feira, 3 de março de 2017
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