Do lado do cemitério rolava um sambão, faltava pouco pra fechar, faxineiras limpavam as lápides, lixeiros recolhiam o que deixaram pelo caminho. O chuvisco exigiu que eu abrisse minha sombrinha. Ao olhar pro chão ouvi os pássaros se misturando com o samba, levantei a sombrinha e dei de cara com elas:
Não quero velas
nem
vaso de flores
no meu túmulo,
quero roseiras,
que enfrentam o vento e a chuva,
com as que vi hoje no finados.
E se não tiver túmulo,
quero as roseiras.