Já existia poesia na via,
antes de pegar o celular
pra escrever.
Dentro das artérias do trem.
(Meu poema para o lugar que me fez embarcar ao trabalho e no caminho escrever meus livros)
Poesia, textos e todas expressões que surgirem para partilhar, sempre depois que a Lua me tocar.
26 de abril de 2019
A bateria
Carta ao Covid
Seu Zé do táxi que eu peguei na Santa Cruz, vontade de ser sua amiga de longa data, sei que não o verei mais porque foi sem aplicativo. Esqueci de pedir o cartão, que alguns ainda levam. Ele explicava enquanto procurávamos, que os números dos prédios podiam iluminar sozinhos pra gente ver melhor, e que tinha muita ideia boa pra mudar as coisas como são. Eu só não disse que pensei exatamente o mesmo pra não assustar. E ficar parecendo pouco caso, quando não é. Em algum lugar seu Zé mudou o mundo e não sabe.
Ausente das outras redes mas presente aqui onde amigos e pessoas que admiro o texto vem me visitar de modo invisível. Olhos que leem e ouvidos que escutam (e redundo de alegria pelos leitores e ouvintes que tenho) através de programas que decodificam letras e transformam em voz. Em breve volto nas outras plataformas e trago novidades, prenhe de esperanças.
A lembrar, tenho dois livros de poesia publicados pela editora Patuá, o 'Depois da lua de ontem' e o 'Antes do sol de amanhã', que divulgo no meu Instagram, Facebook e whatsapp, e nunca o fiz por aqui.