quinta-feira, 29 de setembro de 2016

quarta-feira, 28 de setembro de 2016

Eu espero pela hora
Que demora em meio
 a versos
lidos em silêncio.

Maira Garcia verso e imagem

segunda-feira, 26 de setembro de 2016

Depois de ler vários posts dizendo, "se afaste de gente assim e assado, baixo astral e o escambau", se alguém quiser criar um com estes dizeres, vai fazer um favor para milhares de pessoas:

Quando a gente
 se afasta de alguém
 que não está bem,
o bem se afasta
da gente também.

Muitas vezes pode ser uma fase delicada, de leve tristeza, ou stress nessa sociedade que exige todo mundo forte e feliz, o tempo todo, mas pode ser também depressão,
e depressão é coisa séria, que leva naturalmente,
ao isolamento.

domingo, 25 de setembro de 2016

E temos a palavra pra contar o sonho,
pra inventar o que não somos.
Todas vias tem saídas.


A luz está meia-luz. Tons de vermelho nos cantos, mesas quadradas nas laterais, no centro uma meia-lua baixa rimando com um palco. É sexta-feira, você entra com dez reais e canta, nem precisa beber nada. Ela entrega um papelzinho, quer cantar O amor da Gal. Eis que lhe chamam e ela canta. A música é comprida com refrão de impacto, hora que ela puxa a respiração e se controla pra não gritar. Enquanto ela canta, um homem e sua cerveja, escreve freneticamente em guardanapos, quando ela termina ele entrega um poema do Maiakoviski. Ela lê e pergunta:
- Pra mim?
- Eu escrevi pra você, é desse homem escrito no último guardanapo, mas foi você quem cantou. Foi bonito. Ganhei a noite, eu não venho aqui pra cantar. Venho matar o tempo. Hoje eu vivi!

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Indiferente,
o pior tipo de flerte.

Indiferente,
é assim
que você me leva,
de repente.

quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Mariposas efêmeras,
duram poucas horas,
fazem flores
de brincadeira
quando
levantam voo.

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Advinho as palavras
que você soltará,

estas que estavam presas
na minha boca.
A paz vive de uma ausência total de orgulho.
O orgulho,
agulha sem linha
que não costura.
Transborda e se aninha
no peito,
tinta espalhada
 a manchar os bicos,
 carimbando
os tecidos.
O orgulho se revela
a olhos vistos.

terça-feira, 20 de setembro de 2016

O último dia que esfria
antes de nascer em flor.
Quem me dera
fosse primavera.
Ouvir o que se quer
é um brinco fácil de usar.
Ouvir o que não quer,
acredite, dá otite!

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Eu te vi,
queria ser um pássaro
bem longe
pra cantar
que bem te vi.
Pois queria te ver por alto,
numa distância segura,
onde não surgisse um abraço
mais forte, um beijo roubado,
um laço, um sorrir.
Eu te vi bem perto,
e aconteceu
nada de certo,
só um bem te vi.
Como o amor não pede referências, pode-se dizer que é um negócio de alto risco.

sexta-feira, 16 de setembro de 2016

Tão perto um sentimento
 distante
que não passa.
O piado antes da chuva avisa que é chegada a hora do banho.
Resolvi fazer brigadeiro,
tão feliz que estava,
errei o ponto.
Virou bala.
A morte é frágil
é uma folha seca,
um respingo,
um sopro contido.
A morte aproximada, ninguém percebe,
a anunciada, não se conta. A surpresa é que vem carregar o corpo sem o peso da alma.
O vento é um fofoqueiro
que sussura acontecimentos.
A chuva quando cai assim,
cai por aborrecimento.
Pura tempestade.
Esperança, quem diria,
é uma flor que surge
onde nada mais existia.

segunda-feira, 12 de setembro de 2016

É mais dourado o sol quando se vai.
Desistir de ir,
é voltar.
Mas pode ser adiar.
Retomar a vontade
 depois.
Desistir de ir é não ir mais.
Imaginar o que poderia ser,
esquecer, não pensar,
ou
se arrepender.
Desistir de ir é voltar
e olhar ao longe o que se perdeu.

quarta-feira, 7 de setembro de 2016

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Acho que não sei o que é amor,
pois faço sempre a mesma pergunta,
e depois e escrevo.

No dia que descobrir a resposta
eu me perco,
ou mudo a pergunta.

sábado, 3 de setembro de 2016

Pelo amor de Deus,
não use o amor em vão!
No momento que antecede
o que acontece,
o tempo se estende
um pouco e para,
depois corre,
e a mente nem repara,
pois só lembra o que aconteceu.

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

A Lua é branca, pois a escuridão precisa?
Me pega
pelos braços
os pelos eriçam
as mãos escrevem
o sentimento
me guia
e assim
eu faço
poesia.
Eu sou aquela estrela,
Poção infinita
coberta de céu.
Eu só existo quando alguém me olha.
Eu que nem mais existo,
não vejo a hora de ser
um alguém infinito.
Gira 
pendurado lá em cima,
figuras coloridas.