Deus te guarde
Poesia, textos e todas expressões que surgirem para partilhar, sempre depois que a Lua me tocar.
sábado, 31 de julho de 2021
As semelhanças
Na minha cidade
sexta-feira, 30 de julho de 2021
quinta-feira, 29 de julho de 2021
quarta-feira, 28 de julho de 2021
Sou social mas
domingo, 25 de julho de 2021
quinta-feira, 22 de julho de 2021
quarta-feira, 21 de julho de 2021
sábado, 17 de julho de 2021
sexta-feira, 16 de julho de 2021
Hoje acordei com saudade
quinta-feira, 15 de julho de 2021
sábado, 10 de julho de 2021
quinta-feira, 8 de julho de 2021
quarta-feira, 7 de julho de 2021
terça-feira, 6 de julho de 2021
segunda-feira, 5 de julho de 2021
O rapaz, me olhou como se me conhecesse. Entrou no vagão, sentou e disfarçadamente abriu a sanfona e toca o tema da Amélie Poulain. Solitário como a cidade. Agora sei que era aquele olhar de criança que vai aprontar uma música. De repente a sanfona gagueja, parece que inventa canção. Não quer moeda. Quer colocar a música que falta e volta para o tema de Amélie. Entra um garoto pedinte. É uma criança. O garoto sai, o olhar de fuga, de quem está no palco e finge enxergar todo mundo. As moedas nem aparecem, a música fica, o sorriso não sai. Ao deixar o vagão vejo o sanfoneiro me espreitando, começa o show. Desconfiava que escrevia sobre ele. Acertou.
postado em 5 de julho de 2019, no meu facebook
domingo, 4 de julho de 2021
sábado, 3 de julho de 2021
sexta-feira, 2 de julho de 2021
quinta-feira, 1 de julho de 2021
Uma bota de montaria estava sem serventia, parada num bazar da pechincha na Liberdade. Uma mulher gostou dela e levou por uma bagatela pra arrumar numa sapataria. A bota era preta mas subia até o joelho na cor de caramelo. Cortou o caramelo a bota coube nas pernas grossas. Agora cavalga nas calçadas, num refinado coturno. Punk com a fineza discreta de suas esquinas. Outro dia, um prego apareceu no solado a machucar a sola, levou no sapateiro e tirou com um instrumento que parecia de dentista. O sapateiro é o médico da dita cuja. Já avisou que é hora de olhar o solado, a mulher pisa errado e está gasto em um dos lados. Hoje a bota a salvou do coice da calçada, sem ela o tornozelo quebrava. Semana que vem é hora da recauchutagem do coturno. Uma semana sem ver a bota, a cidade vai sentir falta.
1 de julho de 2019, postado no meu facebook