Saudade é palavra
cheia de sal,
pra matá-la
beba muita água,
e diga que é bobagem
sentir saudade
na boca.
Poesia, textos e todas expressões que surgirem para partilhar, sempre depois que a Lua me tocar.
domingo, 30 de julho de 2017
Ontem estava na beira de um bar de rodoviária espiando a bem escrita novela da Glória Perez, o atendente me interpelou:
"Deseja alguma coisa?"
"Não, só estou espiando a novela! Obrigada!"
"Eu não vejo novela, minha patroa é que vê, mas esta novela tem verdades! Você lê a Bíblia?" Fiquei em silêncio. "Tem a moça que quer virar homem, homem que esconde que é mulher, a mulher de bandido! É tudo baseado na vida real!" E prosseguiu. "Se a senhora ler a Bíblia, tem Sodoma e Gomorra, igual tá aí! Imagine que Deus mandou anjos e os homens da cidade quiseram transar com eles! Tá igual, não vai sobrar nada." "É importante retratar na novela a questão do trans, é muito sofrimento o que eles passam!" Olhei pra plataforma, meu ônibus chegou, me despedi, subi pensando no vão que existe em muitos de nós, fiquei olhando pro bar, vendo a criatura que coberto de inocência enxerga a Bíblia na novela que ele não vê.
"Deseja alguma coisa?"
"Não, só estou espiando a novela! Obrigada!"
"Eu não vejo novela, minha patroa é que vê, mas esta novela tem verdades! Você lê a Bíblia?" Fiquei em silêncio. "Tem a moça que quer virar homem, homem que esconde que é mulher, a mulher de bandido! É tudo baseado na vida real!" E prosseguiu. "Se a senhora ler a Bíblia, tem Sodoma e Gomorra, igual tá aí! Imagine que Deus mandou anjos e os homens da cidade quiseram transar com eles! Tá igual, não vai sobrar nada." "É importante retratar na novela a questão do trans, é muito sofrimento o que eles passam!" Olhei pra plataforma, meu ônibus chegou, me despedi, subi pensando no vão que existe em muitos de nós, fiquei olhando pro bar, vendo a criatura que coberto de inocência enxerga a Bíblia na novela que ele não vê.
segunda-feira, 24 de julho de 2017
domingo, 23 de julho de 2017
sábado, 22 de julho de 2017
domingo, 16 de julho de 2017
Ele surgiu na entrada do cinema, no alto do seu cabelo preso, terno cinza, postura curvada. Depois sumiu. Surgiu sorrindo para entrar na mesma fileira que ela, atrapalhada, sentada de saia florida, pipoca no meio das pernas. Seu lugar era ao lado dela, mas só encorajou quando um casal cobrou o seu assento. Conversaram até o trailer começar. O filme era pra rir, riram uníssonos. O filme era pra constranger, silenciaram. Na hora do letreiro, não se sabe o porquê, deu uma vontade louca dela ir embora e dar tchau. Lá fora, se viram pelo espelho do hall, ele sorriu, ela ficou sem graça e não olhou mais. Quando viu ele já tinha ido embora. E ficaram com essa história até dormir. E esqueceram, que é sempre melhor assim. Mas a cidade grande quando quer fica bem pequena, se reencontraram tempos depois no mesmo cinema, aí ele segurou nas mãos dela e disse "hoje ninguém dá tchau."
quinta-feira, 13 de julho de 2017
sábado, 8 de julho de 2017
quinta-feira, 6 de julho de 2017
quarta-feira, 5 de julho de 2017
segunda-feira, 3 de julho de 2017
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