Poesia, textos e todas expressões que surgirem para partilhar, sempre depois que a Lua me tocar.
terça-feira, 12 de janeiro de 2016
E o rato espiava a casa, percebia as entradas, as fendas na parede, as escadas. Morar ali, até que não seria nada mal, o falatório da família impediria de ouvirem seus iques-iques, nem notariam sua presença delicada. Ficaria velhinho, não morreria envenenado, pois não saberiam dele, que mudaria solteiro para dentro daquele telhado. Sua ex-rata lhe expulsou da velha casa. Sozinho, sempre invisível, ainda mais que os donos da nova casa eram míopes e dentro dela não usavam óculos. Ali ele seria um senhor rato rei!
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