domingo, 5 de setembro de 2021

Rolou, caiu no meio do peito, e ficou, a outra parte caiu no chão, e lá fui eu na calçada. Vi foto, estilhaço de vidro, bitucas de cigarro, pedrinhas, água parada, e nada. Pedaço de osso, meu pescoço, a mão no queixo, os olhos na calçada, buzinas, pés passando, sonhei que tinha perdido e perdi a tarraxa do brinco. Consegui ouvir a cidade, os sinos do Mosteiro de São Bento, as notas da canção, as purpurinas e lantejoulas da 25 de março que cobriram o pedacinho de ouro que eu deixei em São Paulo hoje. Salvei o brinco de pérola no sutiã. Até amanhã, te espero no meu coração, até logo, Paulo, onde todos são.

3 de setembro de 2015, postado no meu facebook

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