terça-feira, 2 de novembro de 2021

Sou invisível,

moro nas linhas das mãos,
entre os buracos das palavras
onde não se escreve nada.
Sou invisível, mas carrego
o perfume das folhagens
que chegam no vento.
Sou visível nas mãos que acenam,
nas letras, nas árvores
que sobrevivem ao tempo
enquanto eu desapareço.

2 de novembro de 2016

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