terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

Porque pra mim é sexta feira,

um fevereiro de 2020. 

Comprei nesse dia, assinalado na agenda, uma camiseta com a Marilyn usando um lenço vermelho Zapatista. 


Naquele tempo, eu amava e era correspondida em algum lugar do mundo, nos acessos do meu blog.

Desconfio, se não for um robô, que seja alguém da América de cima, que usa um IPhone de onde surgem acessos extraordinários a partir das 5 da manhã, hora do Brasil.


Naquela sexta-feira, o vento batia no meu rosto num beijo longo.


Tomei no fim do dia, uma média com bolo de laranja num café lotado.


No lugar as cadeiras eram disputadas, ao sentar formavam-se grupos a esmo. Muita gente ao acaso do silêncio.


Naquela sexta, peguei um trem cheio, pessoas cansadas, mal sabiam, donas de um tempo que se repete porque se intenciona viver.

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