sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

 

Era de papel.
Dos desenhos que já tinha visto, parecia cópia.
Não era possível lembrar barbatanas.
Carcomida na ponta das asas,
assim percebi
que algo a devorara
e levara a morte.
A penugem negra,
antena e corpo
e seus ovos verdes
que não saíram nas extremidades do tronco.
A borboleta deixara de ser.
O movimento,
seu maior trunfo.
Natureza morta.
Beleza descontínua.
Rastro injusto.
Injusto rastro.
Injusto.

3 de janeiro de 2022

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