Estava sem paciência,
me falaram pra pegar
um grão de feijão
molhar no algodão
e deixá-lo dormir.
O tempo passou pouco
e a pele do grão ficou
enrugada.
O grão pegou segurança
e se abriu como uma flor
num caule tímido.
Mas esqueci de colocar água
e o pé-de-feijão
morreu de abandono.
Tornei a pegar outro
e outro,
e outro.
Dosei a água no olho.
Aprendi a deixar o pé crescer.
Esquecendo por que
comecei a fazer isso.
Mas pra contar eu me lembro bem.
20 de junho de 2020
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